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O fato macaco também ganha jogos e bem! SCBraga 0 x 1 FCPorto.

Finalmente vimos um FC Porto colectivo, sem olhar a nomes e que lutou em conjunto por uma vitória que nos pode por no trilho do bi-campeonato,
Não foi um jogo bonito, mas foi um jogo emotivo, com pinceladas de magia, mas acima de tudo com muito trabalho e espírito de equipa. O FC Porto venceu o SCBraga e encontra-se agora a cinco pontos dos Minhotos  e a quatro do benfica (que tem menos um jogo).



Os azuis e brancos deram uma prova de que quando querem e se aplicam em equipa dificilmente saiem derrotados de qualquer campo, a nível interno.
O jogo de ontem ficou 0-1, mas podia não ter ficado, nos últimos três jogos, os melhores jogadores em campo, foram sempre o guarda-redes adversários. Se Peçanha fez um jogaço em Paços de Ferreira e Fabiano fez um jogão no Dragão no passado fim-de-semana, que dizer da segurança de Quim ontem na "Pedreira"? Só não defendeu o golo de Hulk, porque secalhar não esperava que o incrível fosse chutar a bola com o pé direito e por isso não teve tempo de se preparar, porque de resto, Lucho tentou duas vezes, Quim evitou, Hulk fez um remate fabuloso e Quim ainda deve estar para saber como teve instintos para tirar aquela bola que estava praticamente dentro da baliza e já quase no fim do jogo, tirou um golo também ele praticamente feito a Alex Sandro.
Vitor Pereira apresentou duas surpresas no onze inicial, a primeira foi a não inclusão de Janko mas sim de Kléber nos onze que entraram, a segunda foi o não recuo de Moutinho, deixando Defour sozinho a ocupar o lugar de Fernando, se a entrada de Kléber não produziu os efeitos esperados, que seriam provavelmente uma frente de ataque rápida em que o avançado brasileiro teria um papel importante, a verdade é que ele passou completamente ao lado do jogo nos quarenta e cinco minutos que esteve em campo, tocou na bola três vezes ou quatro, fez duas faltas ou três e pouco mais do que isto, nem um remate fez à baliza, a segunda teve um efeito que o treinador adversário não esperava, Lucho e Moutinho estavam mais avançados do que era de esperar e com isso atrapalharam o futebol diagonal do SCBraga, Custódio andava sempre atrás de Lucho e as vezes de Moutinho e João Moutinho não dava um palmo de terreno a Hugo Viana, não deixando que o médio bracarense que tem sido um dos melhores jogadores do campeonato ter um palmo de espaço, enquanto Defour se encarregou de Mossoró e muito bem diga-se, já que o brasileiro passou completamente ao lado do jogo, alguém se lembra dele?
Na frente de ataque Kléber foi o corpo estranho e acabaria por sair ao intervalo para a entrada de Varela que apesar de não ter feito muito mais, sempre foi mais participativo e voluntarioso que Kléber.
Este não era um jogo para dar espectáculo nem operas nem shows de bola, era antes pelo contrário um jogo para trabalhar, para demonstrar o tal estofo de campeão e nisso o FC Porto foi exemplar, tirando como disse atrás Kléber e por estranho que pareça, também hoje Álvaro Pereira, pareceu alheado do jogo, nervoso e desconcentrado e aplaudo desde já como aplaudi no jogo a sua retirada do campo que veio a demonstrar que Álvaro não era o do costume, pois o Uruguaio não aceitou bem a sua saída e demonstrou-o, algo muito raro de ver neste jogador que sempre foi tido como um exemplo de jogador que dá tudo pela equipa, de facto ontem não foi o seu dia, a bola queimava, os cruzamentos não saiam, os cortes não aconteciam, estava noutro lado que não no campo e a sua saída veio evitar provavelmente males maiores para os Azuis e Brancos. Já os companheiros da defesa, Maicon, Sapunaru e sobretudo Otamendi, estiveram em bom nível, sobretudo o argentino, que fez vários cortes ao milímetro, apenas sendo ultrapassado num lance por Lima mas que não causou grande perigo para a defesa de Helton, que teve apenas que fazer duas ou três defesas, duas delas de grande nível sobretudo a que efectuou a um remate de Hugo Viana num livre directo.
O FC Porto foi neste jogo uma equipa que pouco se tem visto neste campeonato, completamente regular mas por baixo, poucas vezes foi uma equipa brilhante, menos ainda demonstrou a segurança que demonstrou ontem, onde também não foi brilhante, mas foi uma equipa na verdadeira acepção da palavra, todos remaram para o mesmo lado, todos demonstraram espírito de sacrifício e entreajuda, isso é muito do que é ser PORTO, é do que é feito o PORTISMO e é isso que todos os adeptos esperam.

Não foi um jogo perfeito, mas a nível colectivo foi sem dúvida o melhor jogo da época a par do jogo na luz (para mim como é óbvio).
Estamos agora mais perto do titulo, falta menos um jogo e no mínimo dos mínimos ficaremos um ponto à frente do principal rival, no máximo ficaremos a quatro, o que na prática representam cinco. Os jogadores não se podem desleixar e muito menos abrandar o ritmo, se possível acelerar e continua a construir o verdadeiro jogo em equipa para levar de vencidas as últimas partidas do campeonato.
Por mim, o jogo de hoje foi um bom  jogo e não me queixarei enquanto os jogos forem assim, mais do que dar show é preciso mostrar vontade e interesse, caso contrário, a porta que serve para entrar, serve para sair! Os meus parabéns à equipa e staff técnico, agora há que continuar a melhorar.



Para ver se acerto, deixo aqui link para aquela que considero ser a defesa do campeonato AQUI

Positivo do jogo:  Defesa do FC Porto mais uma vez não sofreu golos,  Lucho jogou os 90 minutos e aguentou o ritmo, Defour, brilhante mais na segunda parte do que na primeira  a tapar fogos em todo lado e ainda teve tempo para ir pressionar a defesa do Braga, Otamendi a mostrar que muito do que se tem passado naquela defesa não e´culpa dele e por fim uma união raramente vista dentro de campo entre todas as partes.

Negativo: Reacção de Alvaro Pereira após a saída, falta de soluções para o ataque e o apedrejamento do autocarro dos FCPorto após o jogo quando já se dirigia para a invicta.