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Uma equipa de trabalho onde sobressai o brilho das estrelas

Antes de começar a falar do jogo, vou voltar um pouco atrás e abordar o que foi dito aqui por mim na antevisão do jogo aqui. Vítor Pereira o treinador do FCPorto demorou 45 minutos a perceber, que Souza e Fernando seriam neste jogo peças praticamente inúteis dentro do campo, não porque não tenham valor, mas sim porque o Setúbal não vinha para cá com intenções de atacar, mas mesmo assim decidiu-se por meter Souza em campo e o FC Porto perdeu mais do que ganhou.
Dominou é certo, não deixou o Setúbal jogar é certo, mas Souza continua a fazer o pecado mortal que é não libertar a bola rapidamente e ainda não ser aquele jogador determinado e rápido no pensamento e enquanto assim for Souza vai começar a perder terreno para Fernando e até para Moutinho em jogos como este de hoje.

Vítor Pereira fez duas das substituições, que eu tinha dito que poderiam acontecer e fez a 3º a de Moutinho na 2º parte muito a tempo de cilindrar o Setúbal como as estatísticas o comprovam, este foi também sem sombra de dúvidas o melhor jogo da época oficial do FCPorto mesmo melhor do que o jogo da Supertaça Europeia. Uma primeira parte que o FCPorto demorou a engatar muito por causa do mini autocarro do Setúbal, Cristian Rodriguez do lado esquerdo, James do lado direito Belluschi e Defour tentavam de todas as maneiras e feitios servir Kleber e a verdade é que o FC Porto conseguiu chegar à baliza de Diego ao ponto de ter enviado 3 bolas aos ferros, mas se não eram os ferros era Diego que deve ter saído do jogo com as mãos a arder, Helton entretanto tirou a soneca do costume quase que podia descontar do ordenado a primeira parte do jogo de hoje, visto que esteve sentado na poltrona a ver o jogo.Chegou o intervalo e com ele o momento decisivo do jogo a saída do incipiente Souza, não por estar a fazer um jogo claramente mau, mas porque era um jogador fechado numa posição desnecessariamente e entrou João Moutinho (o aniversariante do dia) que completa por estes dias 25 anos de idade e em vez de lhe oferecerem uma prenda, achou, que poderia ele oferecer a prenda aos milhares de adeptos nos estádio e a todos os que observavam o jogo pela televisão.
O FC Porto foi uma máquina de triturar, os jogadores do Setúbal já não sabiam que mais fazer, Moutinho atrás de Belluschi e Defour bloqueavam toda e qualquer tentativa do Setúbal em passar o meio campo, James e Cristian Rodriguez trocavam de posição para confundir os defesas adversários e Kleber ia desaparecendo do jogo,  Defour um jogador todo terreno como já tinha transmitido aqui trocando constantemente de posição com Belluschi e Moutinho num carrossel rapidíssimo em que os jogadores do Setúbal se iam perdendo e cansando, os espaços começaram a aparecer até que Moutinho de fora da área se encheu de coragem e atirou de longe para o 1-0, a partir daí acabou-se o Vitória de Setúbal que já não era muito vivo morreu o pouco que restava, de facto este trio do meio campo aniquilou completamente o Setúbal e como se não chegasse, Vítor Pereira tirou Kléber e meteu Hulk no campo, para um jogo mesmo à sua medida, com espaços que nunca mais acabavam permitindo ao Incrível terminar o jogo com duas assistências uma delas para o golo da noite marcado por James Rodriguez (considerado mais tarde o homem do jogo) após uma jogada fabulosa ao primeiro toque, começou em Cristian Rodriguez perto da linha
 passa para Defour que pára e passa a Belluschi que demonstra toda a sua classe, visão de jogo e genialidade num toque para lado nenhum onde aparece Hulk a fazer uma assistência de calcanhar para James Rodriguez marcar com a classe de um jogador de top mundial, fabuloso golo, tirado dos livros do futebol espetáculo
Até ao fim do jogo foi um sem parar de show de atributos, de Hulk, Álvaro Pereira, Moutinho, Belluschi que marcaria o 3º golo novamente a passe de Hulk , Defour, James, Djalma que tinha entrado entretanto para o lugar de Cristian Rodriguez.

Mas como em todos os jogos há sempre pontos menos bons, mesmo nos melhores jogos há sempre algo a retificar, Maicon continua com os seus apagões de 10 em 10 minutos, Kléber as vezes perde-se dentro do campo, com certeza deverá ainda estár fascinado por estar neste nosso clube, tanto assim é que até pediu desculpa aos colegas de equipa por ter rematado à baliza, precisa de tomar consciência que ele faz parte da equipa e que não está aqui por favor. Souza continua perdido nos seus 30 metros de campo e não transmite a confiança de Fernando quer ao quarteto defensivo quer ao dueto do meio campo, pelo contrário Cristian Rodriguez parece estar a subir de forma, corre, luta, cai ao chão e não fica, levanta, não tem medo do choque, está a voltar aos seus melhores dias, Varela que se aprume senão vai ficando esquecido.
E depois há Steve Defour, que dizer de um jogador que custou 6,5 milhões de euros, entrou a titular e parece que é prata da casa desde que nasceu, explanou todo o seu perfume durante 90 minutos, correndo, passando, cortando bolas, cortando espaços, fazendo passes de rutura, mostrando o porquê de ter sido o melhor jogador do campeonato belga aos 19 anos, o porquê de ser internacional pela Bélgica desde os 17 e o porquê de clubes como Manchester United entre outros o terem cobiçado em outros momentos. Que equipa esta, que se orgulha de ter Moutinho, Belluschi, Defour, Guarin, Fernando, Souza e James para o meio campo, que belas dores de cabeça para Vítor Pereira!


FC PORTO: Helton «cap.»; Fucile, Rolando, Maicon e Alvaro; Souza, Defour e Belluschi; James, Kléber e Cristian Rodríguez
Substituições: Souza por João Moutinho (46m), Kléber por Hulk (71m) e Cristian Rodríguez por Djalma (81m)
Não utilizados: Bracali, Walter, Mangala e Fernando
Marcadores: João Moutinho (53m), James (75) e Belluschi (88m)
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 36.511 espectadores