Depois de quatro jogos sem vencer, o FC Porto está agora num momento, mais mental do que físico, que parece finalmente ser o espírito que todos gostamos de ver nos jogadores.
Vítor Pereira não alterou um milímetro do que tinha feito em Shakhtar, Djalma e Maicon lá estavam nos seus lugares.
Depois de uma vitória quase sem igual no Estádio Don Bass na Ucrânia onde só Barcelona havia vencido para as competições europeias, o FC Porto entrou em campo com apenas uma missão, ganhar e que bem o fez, se durante os primeiros vinte minutos o Braga conseguiu incomodar os azuis e brancos, a partir daí só deu FCPorto. Se a nível defensivo a equipa já esteve mais coesa, não tendo tantas falhas como vinha tendo nos jogos anteriores, o meio campo, com Fernando, Moutinho e Defour, foi uma verdadeira máquina, todos os três sabiam os seus espaços, os momentos de espicaçar e abrandar o jogo, com um bloco ora mais subido ora mais recuado para facilitar a circulação de bola, João Moutinho e Steven Defour, foram dois jogadores que se tornaram um só, ambos sabiam sempre onde estar, onde pressionar e foram sem dúvida em conjunto com Hulk os três melhores jogadores em campo e na frente James, Djalma e Hulk, se Djalma, novamente não foi o melhor em campo, também não foi o pior, arrisco-me a dizer que é um complemento ao género do que era Varela na sua época de estreia no FC Porto, já James mesmo tendo uma assistência, não foi o James que todos conhecemos, sereno, e com as certezas do seu valor, parece neste momento um jogador nervoso, que quer fazer tudo rápido e de uma vez só, tenta fintar e não sai, tenta passar e não sai, precisa de acalmar e continuar a recuperar a sua confiança, que dizer de Hulk, endiabrado ali na frente de ataque, sempre em movimentações, terminou o jogo com dois golos, uma assistência e um penálti cometido que demonstra que está de volta ao seu nível e talvez até mais voluntarioso como nunca, pelo menos eu nunca havia visto Hulk a cortar uma bola na sua própria defesa.
Tirando os primeiros vinte minutos de jogo e os últimos cinco minutos de jogo, o FC Porto foi um bloco, sabia ao que ia, e sabia que tinha que ganhar o jogo, não deixando dúvidas a quem via o jogo que realmente o vencedor era o FC Porto e só não foi vencedor por uma margem maior, porque o árbitro não deixou, tirando dois fora do jogos que não existiam nem no pior campeonato de futebol do mundo. Este foi sem dúvida o jogo mais conseguido do FC Porto no campeonato, mas há espaço para melhorar, há sempre espaço. Apenas crítico uma opção de Vítor Pereira, ao retirar Defour do campo, não havendo aparente razão para a substituição (pelo menos da minha parte se alguém a souber que o diga), e que a equipa sentiu a alteração, dado que Souza é um jogador demasiado tenrinho para aquele meio-campo.
Notas finais
Mais uma vez (o que já se torna hábito) os senhores jornalistas da TVI, continuam a ser uns idiotas facciosos, chegam ao desplante de falar de outros clubes, de programas que vão dar a seguir na estação para a qual trabalham, deixando de lado o jogo que estavam a comentar, ou então falando mal de quem estava dentro do campo, e menorizando o trabalho dos jogadores que estavam a fazer um ótimo jogo, chegando mesmo a questionar o porquê do SCBraga estar a jogar tão mal, não pondo sequer a possibilidade de o estar a fazer porque o FC Porto não deixava. Já está mais do que na hora de correr com esta gente do nosso estádio, se não sabem ser isentos, ou se não têm mesmo jeito para a coisa, deixem de querer comentar os jogos do FC Porto.
Vítor Pereira, está neste momento com um discurso mais realista, não partindo para cima dos jornalistas e dos adversários, como se fosse o maior do mundo, outras vezes falando do adversário como se fosse o pior do mundo, aparenta agora ser um treinador consciente de tudo o que o rodeia e qual o seu papel dentro da máquina FC Porto, a rever para ver se realmente é assim mesmo.
Os jogadores estiveram divertidos dentro do campo, coisa que já não se via há uns tempos.
Este foi "APENAS" o jogo numero 50 do FC Porto para o campeonato sem perder, mas há quem prefira dizer que os marroquinos ainda não perderam esta época para as competições em que estão inseridos, pena que ainda não se de valor ao FC Porto, mas não se preocupem, já diz o ditado inglês, Haters Gona Hate!! E é isto que é ser FC Porto, aguentar as más-línguas, fazer das fraquezas forças e mostrar a essa gente, quem é que é o FC Porto e ao que vem!
Destaques do jogo: Defour, J Moutinho, Álvaro Pereira e Hulk.
FC Porto-SC Braga, 3-2
Liga Portuguesa 2011/12, 11.ª jornada
27 de Novembro de 2011
http://www.csu.nl/schoonmaak/werk/index
FC PORTO: Helton «cap»; Maicon, Rolando, Otamendi e Alvaro; Fernando, João Moutinho e Defour; Djalma, Hulk e James
Substituições: Djalma por Rodríguez (64m), Defour por Souza (64m) e James por Kléber (80m)
Não utilizados: Bracali, Belluschi, Fucile e Varela
Treinador: Vítor Pereira