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Mais uma vez, só comparados ao Barcelona.


O ano de 2011 tem mais um motivo para ser recordado, porque o FC Porto nunca marcou tanto na sua história. Foram 132 golos apontados em todas as competições em que se viu envolvido, o que se transforma na melhor marca de sempre e estabelece um novo recorde de golos marcados num ano civil. Este rendimento supera os 122 golos apontados em 2003, com a passagem de José Mourinho pelo clube, o que ganha ainda maior dimensão.
Mas para se ter uma ideia mais precisa do feito alcançado pelos campeões nacionais, basta constatar que durante o mesmo período, entre os campeões das principais ligas europeias, só o Barcelona, com 170 golos marcados, supera o rendimento do FC Porto.
Esta produtividade ofensiva vem justificar boa parte do sucesso conquistado pelos azuis e brancos e reforça o estatuto europeu da equipa, apontada como uma das melhores em 2011, que culminou com a conquista da Liga Europa, em Dublin, frente ao Braga.
Aspecto decisivo para que a equipa pudesse ter atingido este patamar foi a dupla de avançados formada por Hulk e Falcao, que contribuiu com 49 golos (29 mais 20, respectivamente) dos 132 marcados, o que equivale a um peso de cerca de 37 por cento no rendimento ofensivo da equipa.
E se a segunda melhor marca de sempre datava de 2003, a verdade é que já na década de 1990 a produtividade dos dragões esteve sete vezes acima da centena de golos, muito à custa de outras duplas. Sensivelmente até metade dessa década, Domingos e Kostadinov tiveram uma grande repercussão no capacidade finalizadora do colectivo. Na segunda metade dos anos 90, surgiu outra parceria, com Jardel e Drulovic, que manteve o FC Porto a marcar mais de cem golos por temporada.
Recuando ainda mais, a marca deixada por Fernando Gomes, com a conquista de duas botas de ouro, que recompensam o melhor goleador da Europa, são referências para 1970 e 80, períodos com menor expressão apenas porque compreendiam menos jogos.